Você já colou alguma vez na sua vida? Ah, devo dizer que já colei!rs
Confesso que colar foi uma experiência muito interessante. Lembro-me de um dia em particular: era uma prova que eu não tinha estudado nada porque eu achava que a matéria não era tão importante e alguns amigos me prometeram ajuda na hora do sufoco. E eles ajudaram! Foi muito engraçado! Eu estava um momento tão tenso na sala de aula que dois amigos estavam tentando me ajudar com a cola, mas o professor não virava de costas de jeito nenhum e a hora estava passando. O único momento do teste que ele virou de costas foi a brecha para um amigo dar a prova dele pra mim! Meu Deus! Entrei em pânico! Como eu iria fazer para devolver a prova dele sem o professor ver? Só sei que eu não quis nem saber: comecei desesperadamente copiar as respostas, pois já estava se esgotando o tempo.
A prova do meu amigo? No momento que um colega levantou-se para devolver a prova, mais que depressa, devolvi a prova num piscar de olhos! Acho que fui mais rápida que um raio! Eu não queria saber se o que o meu amigo escreveu na prova era certo ou errado. Eu estava tão desesperada que eu queria uma resposta, sabe? Queria algo para tirar nota.
Na verdade, essa é a realidade que estamos vivendo dentro das igrejas. Entramos para o culto como alunos desesperados querendo uma resposta. Procuramos essa resposta em pessoas, ministérios, moveres estranhos, unção de não sei quantos seres, fazemos votos, e não procuramos a resposta onde ela sempre esteve e sempre vai estar: na palavra de Deus.
Ao invés de estudar a palavra de Deus, damos preferência em “colar” de alguém que estudou. O problema em colar não é passar de ano sem méritos. O verdadeiro problema da cola é que ela te faz uma pessoa cômoda, que não questiona nada e que aceita qualquer resposta, seja ela a resposta certa ou errada.
Mais do que colar, transformamos a cola que rola nas igrejas em uma espécie de “cola santa” e com isso permitimos no decorrer de todos esses anos muitas bizarrices dentro das igrejas e as aceitamos acreditando que é de Deus sem questionar.
Diante disso, nos tornamos ignorantes à mercê de cantores que não estão interessados em cantar o amor de Deus, mas vender o seu ‘cdzinho gospel’; ficamos a mercê de pastores que transformaram pequenas igrejas em grandes negócios; pastores que pregam de tudo: desde o mover de Toronto até a unção disso e daquilo, mas se esquecem de que seus membros, antes de tudo, não são cifrões, são pessoas que na verdade, estão querendo encontrar Deus no meio disso tudo.
Nos tornamos ‘bons samaritanos’: choramos com uma criança lá da áfrica, lá do Haiti, morrendo de fome, e enviamos missionários até lá que fazem milagres, mas não choramos diante de uma criança brasileira, que está no semáforo pedindo dinheiro pra você. Não choramos também pelas pessoas que estão no sofrido nordeste. Na verdade, pela falta de conhecimento e por insistir em colar, distorcemos a palavra de Deus e nos tornamos religiosos, cegos, surdos, e ignorantes.
E em meio a isso tudo, eu me pergunto: até quando vai continuar essa bagunça? Até quando as pessoas vão insistir que Deus está fazendo parte disso tudo? Sabe, fazendo essas perguntas, por incrível que pareça, encontrei a resposta no mesmo lugar onde ela sempre esteve: na palavra de Deus.
Quer saber se o cd do momento tem heresia? Quer saber se um mover ou uma unção disso ou daquilo também é de Deus? Procure referência na Bíblia. Pare de colar.
Pare de aceitar tudo o que você ouve e vê. Questione se tudo o que dizem é verdade. E se tudo que você ver e ouvir não estiver na bíblia, fuja porque de Deus não é!
“O meu povo foi destruído, porque lhe faltou conhecimento...” (Oséias 4:6)
É...
Enquanto você insistir em colar, as coisas vão permanecer do jeito que estão. Está na hora de uma nova geração se levantar e fazer uma reforma! Mas para isso: DIGA NÃO À COLA SANTA!
Andréia Vieira
sexta-feira, 9 de abril de 2010
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